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PCDF na vanguarda da medicina forense

A Polícia Civil do Distrito Federal—PCDF, por meio da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC), promove, nesta semana, um treinamento em Radiologia Forense destinado à capacitação de servidores da PCDF, visando o aperfeiçoamento das habilidades na realização de perícias e exames por meio do uso de Tomógrafo Computadorizado (TC), tecnologia integrada às investigações desde 2017.

O treinamento em Radiologia Forense, oferecido pela ESPC de 22 a 25 de setembro de 2025, é a única turma programada para o ano e abrange 16 horas/aula em formato híbrido — online, de 22 a 24, e presencial, na quinta-feira (25). Essa capacitação é crucial para alinhar esses profissionais às demandas da radiologia forense moderna, especialmente no uso do TC pós-morten, que complementa as autópsias tradicionais. Ao focar em técnicas de imagem 3D e interpretação de lesões internas, o curso fortalece a precisão das perícias, reduzindo riscos e elevando a qualidade dos laudos, em sintonia com avanços internacionais como os da Universidade de Zurique.

Essa iniciativa reforça o compromisso da PCDF com a inovação, integrando o treinamento diretamente ao contexto do IML, onde a Seção de Radiologia Forense (SRF) opera diariamente com o TC para documentar evidências em casos criminais. Peritos e equipe treinados podem otimizar o protocolo de exames completos do corpo, melhorando a detecção de causas de morte e a identificação de vítimas, o que é essencial em cenários de alta complexidade.

Implementação e Tecnologia

Desde novembro de 2017, o IML de Brasília utiliza o TC como ferramenta complementar nas necropsias, com exames realizados antes da autópsia tradicional em todos os cadáveres, tornando-se pioneiro no Brasil ao adotar essa tecnologia de forma rotineira. Para isso, o Setor de Radiologia foi reestruturado, com peritos médicos-legistas especializados em Radiologia. Essa tecnologia permite, ainda, reconstruções em 3D para visualização não invasiva de fraturas, hemorragias e projéteis, aprimorando investigações.

Na nova sede do IML, com sala dedicada ao TC e integrada à necropsia, o equipamento tem sido essencial em casos de homicídios, afogamentos e desastres, contribuindo para altos índices de resolução de crimes pela PCDF.

Usos na Medicina Forense

A TC pós-morten serve como método complementar à autópsia, detectando causas de morte por traumas ou instrumentos sem abrir o corpo em todos os casos. Seus principais usos incluem:

Documentação de lesões: Imagens 3D representam ferimentos internos, como fraturas, hemorragias ou projéteis, aprimorando laudos periciais.

Identificação de vítimas: Útil em desastres ou corpos decompostos, reconstrói estruturas ósseas e detecta implantes.

Exames minimamente invasivos: Permite coleta de amostras por punção, reduzindo riscos.

Integração com criminalística: Contribui para laboratórios que resolvem crimes com alto índice de êxito.

Essa inovação une radiologia e patologia, tornando investigações mais eficientes, especialmente onde autópsias convencionais são limitadas por razões éticas ou de segurança.

Casos Solucionados

A TC tem auxiliado na elucidação de diversos crimes no DF, fornecendo evidências visuais robustas para inquéritos e colaborando na resolução de crimes violentos. Relatos indicam seu papel em homicídios por arma de fogo, afogamentos e feminicídios, onde as imagens 3D ajudam a mapear trajetórias de projéteis ou sinais de violência interna. “Em contextos semelhantes, como o desastre de Brumadinho/MG, a tecnologia foi crucial para identificação de vítimas e causas de morte”, destaca o diretor-adjunto do IML e perito médico-legista, Fábio França.  

Aplicações durante a pandemia

Durante a Covid-19, o TC permitiu virtópsias seguras, evitando contágio e influenciando protocolos nacionais. O treinamento atual da PCDF prepara peritos para futuras crises, incorporando inteligência artificial em análises rápidas e garantindo que o DF permaneça na vanguarda da radiologia forense no Brasil.

Perspectivas Futuras

O IML de Brasília está em fase de implantação da técnica de TC com contraste pós-morten. Essa técnica será demonstrada ao vivo durante a parte prática do curso oferecido pela ESPC, na próxima quinta-feira (25), no período matutino, na sede do Instituto.

A TC representa modernização na PCDF, com potencial para integração de inteligência artificial em análises rápidas. Desafios incluem mais treinamentos, mas o avanço alinha o DF a tendências globais na Radiologia Forense.

“Esse treinamento é um passo fundamental para maximizar todos os benefícios do uso e aplicação do TC, além de capacitar esses profissionais, que já receberam formação internacional em Virtopsy, no sentido de aprimorar os conhecimentos técnicos e científicos entre os dois campos: patologia e radiologia forenses”, finaliza o diretor-adjunto do IML, Fábio França.”

Prezados, solicitações de entrevistas e/ou outras informações sobre o tema, favor redirecionar para o nosso e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Assessoria de Comunicação — Ascom/DGPC





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FONTE PCDF

Redação
Redaçãohttps://doaltodatorre.com.br
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