Inspirada em histórias reais, novela reacende debate sobre perseguição e destaca importância da lei criada pela senadora Leila do Vôlei
A Rede Globo exibiu um capítulo da novela Dona de Mim que trouxe à tona uma realidade dura e recorrente na vida de muitas mulheres brasileiras: o stalking. Essa perseguição pode começar de forma aparentemente inofensiva, mas logo se transforma em um ciclo perigoso de obsessão, vigilância, invasão de privacidade, ameaças, violência física ou sexual e, em muitos casos, feminicídio.
Na trama, a personagem Kami, interpretada pela atriz Giovanna Lancellotti, é perseguida nas redes sociais e sofre violência do mesmo agressor. A cena repercutiu nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a gravidade desse crime.
No Brasil, milhares de mulheres já passaram por episódios semelhantes. Para enfrentar essa realidade, a senadora Leila do Vôlei apresentou e aprovou a Lei do Stalking (Lei nº 14.132/21), que transformou em crime a perseguição reiterada, seja nas ruas ou no ambiente virtual, que comprometa a integridade física, psicológica, a liberdade de locomoção ou a privacidade da vítima. A lei prevê pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa, podendo ser aumentada em casos de violência contra mulheres, crianças, idosos ou em contexto de violência doméstica.
A aprovação da lei representou um passo decisivo para garantir mais proteção, dignidade e segurança às mulheres. Mas o combate à violência não se encerra no texto legal: é preciso conscientizar a sociedade de que perseguir é crime, incomodar não é elogio e invadir a vida de alguém não é amor, é violência. Reconhecer os sinais, apoiar as vítimas e agir desde o início pode salvar vidas.
Para Leila do Vôlei, “com a Lei do Stalking, conseguimos transformar em crime uma violência que por muito tempo foi invisibilizada. Esse é um passo importante para salvar vidas e garantir dignidade às mulheres brasileiras.”