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Master perto de solução com BRB e apoio do FGC

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Controlador do Master se reúne com presidente do BC para discutir acordo com BRB e destino dos ativos menos líquidos

A solução para o Banco Master pode estar mais próxima. O controlador da instituição, Daniel Vorcaro, se reuniu ontem (8) com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, para discutir o acordo com o Banco de Brasília (BRB) e os próximos passos para os ativos que ficarão de fora da operação.

Na reunião, o foco foi a negociação com o BRB, anunciada em 28 de março, que teve seu “perímetro” definido. A auditoria conduzida pela PwC ainda não foi concluída formalmente, mas o escopo do negócio já foi encaminhado ao BC. Além disso, o encontro abordou alternativas para os ativos menos líquidos, que não serão absorvidos pelo BRB.

A solução mais viável, segundo interlocutores, seria uma “liquidação privada”, com a criação de um fundo específico para assumir esses ativos e passivos remanescentes. Há discussões para que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) ofereça um empréstimo ao novo veículo, possibilitando que ele honre os compromissos do Master, como o pagamento dos CDBs — de forma gradual ou antecipada.

O BTG Pactual aparece como possível administrador desse fundo, que atuaria em regime de “run-off”, ou seja, sem novos investimentos, apenas aguardando o vencimento ou a venda dos ativos. Caso a alternativa avance, a decisão caberia ao conselho do FGC, formado por seis membros independentes, especialmente se for necessária uma assistência emergencial de liquidez.

Essas operações do FGC não costumam ser divulgadas, mas já foram realizadas dezenas de vezes, conforme relatório anual de 2024. Entre os casos notórios estão os R$ 2,5 bilhões ao Panamericano, em 2010, e os R$ 6 bilhões ao BTG em 2015, durante a prisão de André Esteves na operação Lava Jato.

Enquanto isso, Vorcaro busca novos sócios para os ativos de difícil liquidez. Ele negocia com fundos e mantém conversas com Joesley Batista, da J&F — controladora do Banco Original. Joesley, inclusive, foi recebido por Galípolo e outros dois diretores do BC durante o feriado do Dia do Trabalho.

Para o Banco Central, a solução ideal envolveria três frentes: a aprovação do acordo com o BRB, a entrada de um sócio para o chamado “bad bank” e, possivelmente, o apoio do FGC.

O Master já formalizou sua proposta ao Fundo Garantidor, embora haja resistência de parte dos bancos privados ao uso dos recursos. Ainda assim, fontes próximas acreditam que é possível contornar os entraves e viabilizar o plano de recuperação.

Fonte: Valor Econômico

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